quinta-feira, 3 de março de 2011

Terceira idéia:

Veja o vídeo:

http://www.bikebus.org.au/

Vem de longe essa idéia, e pode funcionar para quem tem medo de sair de bike sozinho. É de dar medo mesmo, andar a pé dá medo, andar de carro dá medo, e se você pensar muito, ficar em casa pode ser assustador. Pode cair um avião na sua cabeça, o gás pode explodir, o celular pode te dar um choque. Eu sempre levo choques segurando o carrinho do supermercado, aliás. Não sei porque. A cara da minha mãe quando me viu andando de bike, um misto de "ah, eu tinha uma filha linda" (sim, verbo no passado) com "onde foi que eu errei?". Pelo menos eu estava de capacete, acho que isso amenizou um pouco a expressão facial dela. Mas é assim mesmo que as pessoas vêem os ciclistas: uns kamikazes. Bom, é assim que eu me sinto com os olhares quando ando na rua de bicicleta, e é assim que eu via os ciclistas, pra ser sincera...
Mas usar a bicicleta como meio de transporte não só é possível, como é muito real. Veja aqui do lado quantos links de bicicleteiros! E são pessoas absolutamente normais (pelo menos aparentam, na internet a gente nunca conhece direito as pessoas), sem tendências suicidas. Muito pelo contrário. A gente valoriza a vida, e tanto, que a gente quer menos carros nas ruas. Mais amor, menos motor, como dizia o mote da bicicletada de fevereiro.

Pra perder o medo, essa é uma idéia incrível! Um ônibus com hora marcada para sair e pontos de parada! Quer dizer, não necessariamente parada, mas pelo menos passagem: um grupo de ciclistas que vai passando por uma determinada rota e colhendo mais ciclistas pelo caminho.

Vantagens: bom, um motorista dentro de um carro pode não respeitar muito um único ciclista. Mas estando em maior número, o ciclista passa a ser o mais forte! Felizmente, uma ou outra pessoa ainda tem vergonha de barbarizar na frente de muita gente.

O grupo pode ocupar uma faixa toda (na real é o que todo ciclista deveria fazer, mas a gente é legal no trânsito e dá a passagem pra quem tem mais urgência) em vez de ficar andando no cantinho, que é sempre a pior parte da rua - guias tortas, buracos, bueiros, o asfalto derretido que vai formando aquelas ondulações malditas, enfim. Muito mais segurança anti-tombos, portanto.

Os motoristas tem maior visualização! Tá, são todos uns monstroristas, a gente sabe, a excessão a gente nunca encontra. Mas vamos fazer a nossa parte. Precisamos ter a certeza de que estamos sendo vistos.  Ninguém vai dizer que onde tinha 20 ciclistas parecia não ter nada.

Resumindo,

todos juntos somos fortes
somos flecha e somos arco
todos nós no mesmo barco
não há nada a temer!

Sabe quando a rua vai ficar mais segura, em todos os sentidos? Quando for devidamente ocupada.

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